Sonho em fazer um poema absoluto
A inexorável canção definitiva
Todos os amantes e poetas em luto
Sentindo emudecer a antes arte viva
E ao findar a madrugada de labuta
Amanhece em pranto a esquecida diva
Pois quando já lapidada a pedra bruta
Não forma infinita, mas infinitiva.
Tudo que alcança sua plenitude
Petrifica-se no plano da existência
Sendo final a outrora reticência.
O perfeito é o oposto da virtude
O completo não exige criação
Sendo depois disso toda arte em vão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário